segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Presidente da ANPTrilhos participa de Ciclo de Palestras Técnicas da Aenfer



Mostrar a importância dos transportes sobre trilhos, que nem sempre é entendido como deveria ser, já é um desafio para os especialistas do setor. Mas é o que vem fazendo o presidente da Associação Nacional dos Transportadores sobre Trilhos – ANPTrilhos, Joubert Flores. Ele foi convidado para participar do Ciclo de Palestras Técnicas promovido pela Aenfer, no dia 14 de agosto,  ocasião em que falou sobre o Panorama e Desafios para o Avanço da Mobilidade sobre Trilhos. 
O seu objetivo é expandir e fortalecer os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos.

Presidente da ANPTrilhos Joubert Flores ma Aenfer


O palestrante iniciou falando  do tempo que a pessoa perde em engarrafamentos, o que afeta a qualidade de vida. Afinal de contas, o transporte é o elo entre o cidadão e o que a cidade oferece. Ele alertou sobre o modelo atual de transporte que gera grande emissão de poluentes, 25% dos gases de efeito estufa são emitidos por transporte e a cada hora, cinco pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil. Esse número significa que o país tem em média 55 mil mortes por ano nas estradas.

“Quando falamos de trilhos não queremos dizer que existe uma disputa. É necessário ter uma integração que funcione verdadeiramente”, disse, acrescentando que é preciso funcionar harmoniosamente para oferecer sustentabilidade urbana com infraestrutura.

O engenheiro lembrou que a população triplicou nos últimos 70 anos e não acompanhamos esse crescimento por questões econômicas e organizacionais. Ele ressaltou que atualmente temos 28 regiões metropolitanas, mas só 13 delas tem sistemas estruturais de transporte de passageiros.
O palestrante sinalizou que o modelo está saturado. A capacidade operacional está praticamente esgotada e se nada for feito as cidades vão parar.

Entre as soluções que ele vem tentando divulgar está a escolha do modal. Destacou a necessidade de se ter um transporte estruturante nos corredores de alta capacidade.
Joubert Flores afirmou que é preciso haver integração que funcione efetivamente entre os modos de transportes e da importância da entrada da iniciativa privada.

Público acompanha palestra técnica na Aenfer


Uma das barreiras mais enfrentadas está nos intervalos entre um e outro modo. Ele citou como exemplo, a cidade de Salvador. Por cerca de 15 anos os trens ficaram abandonados até se fazer uma Parceria Público Privada (PPP) em 2012. Num prazo de dois anos o sistema entrou em operação e em 2018 foi inaugurado o último trecho até o aeroporto. Em termos de tamanho de rede do metrô, Salvador está em terceiro lugar no Brasil. Mas o único problema é justamente a integração: o intervalo do ônibus é de 30 minutos para o metrô, que chega a cada seis minutos.

Em sua avaliação esse problema persiste por questões políticas: de um lado, o governo é quem controla o sistema e de outro, a prefeitura é quem está no comando, mas quem perde é a população.Agilidade, regularidade, mobilidade urbana e capacidade são os investimentos necessários para se ter transporte público de qualidade, concluiu.



Da esq. p/ dir.  Helio Suêvo, dir. de Operações da SuperVia João Gouveia, pres. da Aenfer Isabel Cristina, pres. da ANPTrilhos Joubert Flores, conselheira Sonia Viana, diretores Flores e Marcelo

Engº Joubert Flores recebe certificado de participação do diretor da Aenfer Helio Suêvo e da pres. Isabel


3 comentários:

  1. A palestra foi excelente.
    O conteúdo da exposição no jornal da AENFER
    retrata a qualidade da síntese e do exposto
    pelo palestrante.
    Maurício F G de Souza

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  2. Concordo com o comentário do Maurício quanto à excelência da palestra.
    Aliás, essa tem sido uma constante nas palestras promovidas pela Aenfer.

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