Os trens de alta velocidades são
comuns na Europa e Ásia, e em alguns casos podem ser competitivos com o serviço
aéreo. O serviço aqui popularmente conhecido como Trem Bala, correspondem a
composições que podem trafegar a mais de 200 km/h, embora não se tenha um
consenso de qual velocidade pode-se denominar em serviço como alta velocidade.
Alguns autores e especialistas consideram trens que correm a 180 km/h, como
serviço de alta velocidade.
No
mundo, este tipo de transporte pode chegar até 430 km/h. Já no Brasil existem
pelo menos quatro projetos deste tipo de transporte.
(Foto: Tavtrilhos)
TAV Rio-São Paulo
A
principal linha do TAV brasileiro é a Rio-São Paulo-Campinas, que integraria
por transporte terrestre as maiores metrópoles brasileiras e a maior do
interior. O tempo de viagem entre o Rio e São Paulo seria de 1h25. E de São
Paulo para Campinas em 25 minutos. O trajeto seria de 998.1 km de extensão.
Eram
previstos túneis em diversos pontos do traçado. Na capital paulista, um deles
teria 16 km de extensão. O maior túnel do trajeto poderia ter até 25 km de
extensão.
A
intenção do governo, inicialmente, era de que o “trem-bala” estivesse pronto
para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Porém, atrasos na preparação do
edital de licitação apresentados em outubro de 2009 comprometeram o prazo de
início das obras e o projeto não estará pronto em tempo de contemplar a Copa do
Mundo FIFA de 2014. Novos atrasos adiaram o processo de licitação para abril de
2011 e, depois, para
julho de 2011. A possibilidade
de apenas um consórcio, o coreano, de entrar na disputa, foi um dos argumentos
para o adiamento do leilão, ainda que oito empresas tinha manifestado
interesse.
O
custo inicialmente previsto pelo governo federal para a conclusão de todo
projeto era de 23 bilhões de Reais, dos quais 20,8 bilhões seriam financiados
pelo BNDES.
O
projeto tinha uma oposição de peso. O ex-governador de São Paulo, e hoje
senador José Serra, chegou a declarar publicamente que tinha atuado contra o
trem bala por considera-lo “falido”.
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Temer
“A situação do país não é a
mesma, o apetite para investimentos nesse volume não é o mesmo e a
possibilidade daquele modelo que foi preconizado lá atrás, que era de termos um
investimentos muito grande com recurso público, hoje não está mais no nosso
horizonte”, disse o então diretor-presidente da Empresa de Planejamento e
Logística (EPL), José Carlos Medaglia Filho, da forma como o projeto foi
concebido, com altos investimentos públicos, o projeto não é viável atualmente.
Já
a estatal criada durante o primeiro governo de Dilma Rousseff (PT) para
elaborar estudos sobre o projeto do Trem de Alta-Velocidade, a Empresa de
Planejamento e Logística (EPL) ganhou sobrevida no governo Bolsonaro. A empresa
foi mantida para ajudar nos estudos e projetos de concessões de infraestrutura
e na construção do Plano Nacional de Logística. Ela, porém, depende de dinheiro
da União para funcionar e não tem perspectiva de atingir sua independência
financeira.
TAV Brasília-Goiânia
A
linha Brasília-Anápolis-Goiânia ganhou a denominação de “Expresso Pequi” e pode
ser transformado numa linha de média velocidade.
Noticiado
em setembro de 2009, o projeto prevê uma linha de cerca de 210 quilômetros, com
trens a uma velocidade variante de 180 quilômetros por hora a 200 quilômetros
por hora. O percurso vai de Brasília a Goiânia com uma única parada em Anápolis.
Seu objetivo é desenvolver a área entre as duas capitais e criar empregos às
margens da ferrovia, além da integração das duas áreas metropolitanas, unindo
uma região de cerca de 7 milhões de habitantes. O custo será em torno de 1
bilhão de reais.
Em
junho de 2012, foram iniciados estudos que apontaram a viabilidade de uma
futura linha no mesmo trajeto, a qual no entanto seria de média velocidade,
atingindo uma velocidade máxima de 150 quilômetros por hora e reduzindo a
duração do percurso entre as duas capitais em cerca de uma hora, quando
comparado ao trajeto rodoviário.
TAV Belo Horizonte-Curitiba
Consta
no Plano Nacional de Viação a construção de uma Linha de Alta Velocidade entre
as cidades de Belo Horizonte e Curitiba, passando por Divinópolis, Varginha e
Poços de Caldas, no estado de Minas Gerais; Campinas, São Paulo, Sorocaba,
Itapetininga e Apiaí, no estado de São Paulo, e Curitiba, no estado do Paraná.
Esta
linha teria 1 150 quilômetros de extensão, aproximadamente o dobro da Linha
entre o Rio de Janeiro e Campinas, que passará por São Paulo, e ligaria mais de
50% de toda a produção econômica e aproximadamente mais da metade de toda a
população do País. Tem previsão de início após o término da Linha entre o Rio
de Janeiro, São Paulo e Campinas.
TAV Campinas-Triângulo Mineiro
Há
um estudo do Governo Federal para a linha que ligará Campinas a Ribeirão Preto
em São Paulo e Uberaba e Uberlândia em Minas Gerais.
Fonte: Viatrolebus
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