quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Boris Johnson aprova trem bilionário, mostrando que aposta em aumento de gastos em infraestrutura

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deu luz verde nesta terça-feira para um projeto ferroviário de alta velocidade conhecido como HS2, que ligará Londres ao Norte da Inglaterra. Com a aprovação, o ministro desafia críticos do projeto e demonstra sua intenção de aumentar os gastos com infraestrutura, uma de suas promessas na campanha para as eleições de dezembro, quando os eleitores o confirmaram no cargo com uma ampla vitória do seu Partido Conservador.

Ao Parlamento, o premier disse que estava apoiando o HS2 como parte de uma reforma mais ampla da infraestrutura de transporte da Grã-Bretanha, incluindo atualizações para ônibus e ciclovias, e enfatizando um plano para construir conexões integradas entre as regiões do Norte da Inglaterra. Nas eleições de dezembro, os conservadores avançaram na região, conquistando o voto em antigos redutos trabalhistas em regiões industriais degradadas.

- Vamos fazer isso e, para garantir que o façamos sem mais interrupções nos custos ou no cronograma, estamos tomando medidas decisivas para restaurar a disciplina do programa - afirmou Johnson.
A linha reduzirá o tempo de viagem e aumentará a capacidade da já saturada rede britânica, permitindo que o Reino Unido "suba de nível" e alcance o patamar de países como França e Espanha, que possuem extensa malha ferroviária de alta velocidade.

Aumento dos custos 

No ano passado, foi realizada uma análise sobre se o HS2 deveria continuar, depois que seu custo previsto subiu para 106 bilhões de libras (R$ 595,7 bilhões), quase o dobro do estimado há cinco anos.
O governo já gastou 7,4 bilhões de libras (US$ 41 bilhões) no HS2 sem implantar nenhum trilho. O trabalho físico começou, no entanto, com edifícios demolidos, terras desmatadas e redes de água e energia redirecionadas.
Opositores do HS2 dizem que seria mais barato e mais rápido reforçar os serviços existentes nas linhas convencionais, enquanto os apoiadores do HS2 defendem que a rede ferroviária britânica, em grande parte construída na era vitoriana, já está esgotada e que a simples modernização não aumentaria sua capacidade.
O projeto dividiu o Partido Conservador, responsável por implementar uma política econômica de austeridade desde a crise de 2008.
- O HS2 é malquisto, não desejado e foi terrivelmente mal administrado - disse o deputado conservador Andrew Bridgen, ao que Johnson respondeu: - Todo grande projeto de infraestrutura sofre oposição nesse estágio inicial.
O HS2, inicialmente aprovado pelo governo em 2012, conectará Londres a Birmingham, no centro da Inglaterra, na primeira fase, antes de se dividir em dois e seguir para Manchester no oeste, e Leeds para o leste.




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