Li, com satisfação, no
Informativo da Associação de Engenheiros
Ferroviários-AENFER (01-06-20), que
alguns senadores e deputados se dignaram a lançar um olhar efetivo para o setor
ferroviário, o primo pobre do sistema viário brasileiro, sobre os desafios que
lhe foram e são postos à frente, pelos governos passados e pelo atual, nesta
ordem, trazendo à tona, que o transporte por sobre trilhos terá fôlego,
registrando-se que, nesta fase da Covid-19 cresceu 27%, tendo-se em vista a
preferência dos empreendedores por este modo.
Este olhar tardio se
reflete na constituição da Frente Parlamentar Mista de Logística e
Infraestrutura – FRENLOGI, com a fusão de diversas Frentes do gênero, criadas
por várias Assembleias Legislativas, cujo mote é a fusão destas, para ações
ativas e efetivas operacionais nacionais, daqui pra frente, em nível nacional. Muitas das Frentes
Estaduais, de forma solo, não
tiveram o êxito esperado, “no tempo e no espaço” (meu jargão). Espera-se
que, unidas, terão maior poder de negociação junto ao governo federal, que
precisa marcar sua presença neste importante ícone da economia do País.
A FRENLOGI surge em boa e oportuna hora, tendo-se em conta o
criminoso abandono de trechos de linha desafios, com invasão de leitos e roubo
do patrimônio ferroviário. Por esses ramais poderiam estar circulando trens de
passageiros e de turismo, como no passado, efetivando-se, assim, a tão sonhada
e esperada mobilidade urbana, que só se efetivará, com o modo ferroviário
integrando o sistema viário.
Secundando à Frente Parlamentar Mineira, pela volta dos trens
de passageiros aos trilhos, ALERJ constituiu
a Frente Parlamentar Fluminense, com igual objetivo, óbvio, que pugna,
também por essa volta, dada a sua vocação turística, registrando-se que a primeira
ferrovia que circulou Brasil, a partir de 30 de abril de 1854, foi no Estado do
Rio, município de Magé, portanto, há 166 anos.
O deputado estadual Welberth Rezende preside a Frente/RJ e tornou-se
um ferroviarista emérito, diga-se de passagem. O
engenheiro Delmo Pinho, Secretário de Estado
de Transportes tem sido um elemento de escol, atuando com assessoria de ferroviários e
ferroviaristas competentes, no
planejamento de ações e operacionalização pragmáticas, a fim de que se chegue a volta
dos trens de passageiros aos trilhos, o quanto antes. Sinto-me deveras
gratificado, como ferroviário aposentado a
participar dessa Frente, que nunca deverá “dar as costas a essa nobre
empreitada.
A FRENLOGI, a partir de maio pp, se for bem articulada poderá
“fazer o trem andar” (circular), desde que seus integrantes ponham mãos à obra,
para que o atual governo do presidente Jair Bolsonaro acorde do sono continuado
desde janeiro/19 e dê completeza ao modo ferroviário, na medida da grande
necessidade de superação dos desafios, para a construção de novas ferrovias e a
revitalização de trechos de linhas abandonados por estes Brasis afora.
No bojo dos trabalhos da FRENLOGI espera-se que o Projeto
Pró-Brasil, proposta deste governo venha a se constituir na grande força para
volta dos trens aos trilhos e que isto venha se a constituir grande alavanca
para o surgimento de nova indústria de material ferroviário, que, com as já
existentes abastecerão o modo, o primo pobre do sistema viário do País.
E volto a repercutir minha máxima: “O Brasil precisa de ferrovias
como o sangue de oxigênio e a tarefa que pesa por sobre os ombros do governo, é
construir ferrovias para o Brasil.”
À baila, enriquecendo a máxima, coloco o pensamento
de Chico Xavier, aplicável à espécie, a juízo de cada leitor deste
artigo, na completeza que se faz necessário, consubstancial aos objetivos da
FRENLOGI e a possibilidade de se conquistar, no tempo e no espaço, o que o
Brasil espera de cada um de nós outros, pós- pandemia:
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer
um pode começar agora e fazer um novo fim.”
Conselheiro da Aenfer, Genésio Pereira dos Santos/Advogado/Jornalista/Escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário