segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A OAB E OUTRAS ENTIDADES CIVIS MERECEM RESPEITO


O saudoso Betinho aparece em flashes  nas TVs, exultando que: “uma coisa é fazer  história e a outra é contar a história.” Diz o antigo ditado: “Quem conta um conto, aumenta um ponto.” A recente história do Golpe Militar de 64, até agora sabe-se que foram muitos os atingidos e desaparecidos, “no tempo e no espaço” e cada um dá a sua versão de como tudo se passou teria se passado. A verdade verdadeira ainda está por vir à tona. É só esperar!

Nesse passo, esta semana, tivemos as manifestações do presidente Jair Bolsonaro, dizendo que sabe muito sobre os anos  de chumbo. Veio à baila o nome do deputado Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. O genitor de Felipe  desapareceu, naquele período da ditadura, sabe-se lá como foi. O ex-capitão promete esclarecer tim tim por tim tim, se for este o desejo do jurista-presidente da OAB. Há um universo de sentimento filial e outro de solidariedade da sociedade brasileira, a partir do surgimento  do disse me disse indesejável.

O confrade usa o instituto da interpelação judicial junto ao STF, na esteira da obrigação de fazer, pois esta celeuma está tomando um mau caráter no contexto político, no reino de nossa democracia, que alguns tentam vilipendiá-la, e via de consequência, enfraquecê-la, inexplicavelmente.

Também  ex-atingido e advogado, estou curioso para que as “coisas” se esclareçam. Mais do que eu, milhões aguardam o desfecho deste episódio. Para pôr um ponto final nessa novela necessário se faz que conheçamos a versão Bolsonaro, relativamente ao acontecido ao Fernando Santa Cruz e outros. Ninguém, mas ninguém pode falar sobre esse “status quo” se não tiver conhecimento de causa. O filho quer saber sobre o paradeiro de seu genitor saudoso.

Por ocasião do “impeachment” do ex-presidente Collor, a OAB, a ABI e um punhado de muitas outras entidades civis  manifestaram-se de forma veemente e deu no que deu, o que todos sabem de cor e salteado.

O governador por São Paulo, quando mais jovem também passou pelo desabor de seu pai, também deputado federal desapareceu durante o golpe militar de 64. João Dória deplorou a fala do presidente Messias, que deveria estar se ocupando na resolução dos grandes problemas que afligem o País, com uma gestão eficaz.

A democracia e o povo não podem estar vivendo este clima de instabilidade político-emocional. Registre-se a existência da Comissão Nacional da Verdade foi formada com a presença de militares de alta patente.  O  presidente Jair não pode ignorar, portanto, é uma Comissão de credibilidade da sociedade.

Merval Pereira, em sua coluna em O Globo (31/07) afirma: “Bolsonaro está levando o governo brasileiro como se estivesse em uma mesa de botequim, ou no Twitter, ou  outro meio digital.” Em outro espaço lê-se: “Bolsonaro ainda não assumiu a Presidência.”

Na 4ª página, numa entrevista ao jornal diz o Messias: “Sou assim. Não tem estratégia. Se tivesse preocupado com 2022 não dava essas declarações. O dia que não apanho da imprensa, eu até estranho.”

Espera-se que a outra Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) peça que Bolsonaro traga à tona maiores explicações sobre a  entrevista concedida recentemente.

Esta situação nebulosa é indesejável sobre todos os aspectos, pois não leva a nada e nem a lugar nenhum; só serve para trazer intranquilidade para a população, que quer recuperar a economia, mais emprego, saúde, educação segurança, menos armas, seguridade social e uma gama de outros benefícios de que é merecedora.

O Brasil precisa de paz de criança dormindo, lembrando Dolores Duran.
Verdade é que, a fala de Bolsonaro sobre desaparecidos na ditadura causa repúdio até de aliados, o que significa dizer, que ele deve  ater-se ao ditado: “A fala é prata e o silêncio é ouro. Presidente, “fermè la buche” e ficamos combinados assim!

Associado da Aenfer: Genésio Pereira dos Santos/Advogado/Jornalista/Escritor

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