O governo esperou nove meses (gestação) para anunciar que, a
gestão de investimentos na infraestrutura, está prestes a se consolidar,
espera-se, no modo ferroviário, o mais carente, no sistema viário do País, que
alavancará a economia, a partir de
janeiro de 2020 se as reformas impulsionarem o crescimento, desde que
esse modo venha a ser revitalizado, “no tempo e no espaço” (meu jargão).
Sem recurso público em caixa, o setor de infraestrutura vê
que, somente com metamorfoses regulatórias e a efetiva
participação-público-privada-PPP, tem-se o sentimento de esperança de ver-se o
desenvolvimento florescer no governo do presidente Jair Bolsonaro. Até agora o
“trem está com precaução no trecho” (linguagem ferroviária).
O Ministério de Infraestrutura concentra vários outros
fusionados, todavia, dos modos do sistema, sem dúvida, o ferroviário é o mais
abandonado nessas últimas décadas, desde o desmantelamento ocorrido com o
desmonte da Rede Ferroviária Federal S.A-RFFSA.
Por conta disso, o Brasil tem 15% de seu transporte de carga
por sobre trilhos. O modo rodoviário lidera com 65%, quando deveria ser o
inverso tendo-se em vista o seu baita território. Por vias aquáticas e outras,
o percentual atinge 20%, segundo reportagem divulgada no jornal Folha de São
Paulo, de 08-09-19.
Repito neste artigo o que já declinei em dezenas de outros,
na defesa do modo ferroviário e não estou sozinho, pois diversos analistas políticos
não se cansam em bater nesta tecla. O transporte de cargas até 500km deve ser
por rodovia; acima disso, o recomendável técnica e economicamente, como nos
países desenvolvimentos em transporte de cargas, por ferrovias.
Contabilizar-se-á neste naipe a economia substancial de
combustível pelo modo por sobre trilhos. Quando, efetivamente, se dará essa
façanha de governabilidade no sistema viário?
O que nos anima é que o governo vê o marco legal e prevê
investimentos, o que é sem tempo; estamos atrasados nesse ícone, no tempo e no
espaço, ou não? O setor privado será a esteira transportadora dos recursos em
infraestrutura, admitindo-se que este marco em promessa, num primeiro momento,
está consolidado.
Todavia, repete-se, a esperança está no setor privado, com a
adesão dos empresários que, por certo investirão, tendo como alvo um
“road-show” do governo, segundo a análise da Folha de São Paulo.
Com a expectativa de as reformas atingirem os objetivos
preconizados, a partir de 2020, o País terá que melhorar, consideravelmente, os
transportes para a circulação de milhões de cargas de insumos, fluíveis, por
todos os modos do sistema viário, inclusive o transporte de passageiros,
esperando-se que o governo promova, imediatamente, a volta do Brasil aos
trilhos, com a construção de novas ferrovias e a revitalização de outras em
trechos de linhas desativadas e abandonadas, criminosamente.
Na Assembleia do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), o deputado
Walberth Rezende, presidente da Comissão de Turismo tem mantido entendimentos
sobre a possibilidade de revitalização da malha ferroviária do Estado, com a
finalidade turística. Sabe-se que, sem o esforço da busca é impossível a
alegria da volta dos trens de passageiros, uma necessidade imperiosa.
Várias autoridade do Estado estão envolvidas e empenhadas
para viabilizar o Programa Estadual da Malha Ferroviária com Objetivos
Turísticos, com fulcro na Lei nº 8210, de 10 de dezembro de 2018.
Faço referências ao dep. Luiz Paulo, ao Secretário de
Transporte/RJ, Delmo Pinho, aos engenheiros: Hélio Suêvo (ferroviário), Sávio
Neves (ferroviarista) ; economista-Antonio Pastori; advogado Genésio Pereira
dos Santos (ferroviário), a Associação de Engenheiros Ferroviários-AENFER e um
número considerável de outras e dezenas de interessados, na atrasadíssima Mobilidade Urbana.
Eu acredito, eu boto fé!
Genésio
Pereira dos Santos/Advogado/Jornalista/Escritor e associado da AENFER
Como sempre o nosso grande Genésio empresta o seu conhecimento
ResponderExcluirà causa ferroviária, estimulando-nos com o seu otimismo e fazendo
citação a pessoas que lutam pela melhoria do transporte ferroviário.
Seus textos sempre trazem de maneira didática as ações que estão
ocorrendo em favor da melhoria das ferrovias.
Suas mensagens são muito importantes. Abraços
Maurício F G de Souza