Foi marcada por
amplo sucesso a reunião realizada, dia 12/09, na sede da Associação Mútua dos
Empregados da Estrada de Ferro Leopoldina. A pauta da reunião esteve voltada a
constituição de um Grupo de Trabalho, com o objetivo de através de ações
coordenadas, preliminarmente, defender o pagamento das perdas salariais da
categoria, reconhecidas pela Comissão Paritária, em 2014, e formada por
representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários – FNTF e da
VALEC – Engenharia que registrou à época uma defasagem de 36% dos salários e
que hoje estaria em torno de 52%.
Estavam
presentes Hélio de Souza Regato de Andrade, ministro aposentado do Tribunal
Superior do Trabalho-TST e presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores
Ferroviários – FNTF; presidente da Federação Nacional dos Engenheiros
Ferroviários – FAEF, Clarice Maria de Aquino Soraggi, presidente da Federação
das Associações de Aposentados da RFFSA, Etevaldo Pereira dos Santos –
deslocou-se de Fortaleza para participar do encontro; presidente da Associação
dos Aposentados da RFFSA, Nelson Fernandes Cruz, acompanhado de diretores; presidente
da Associação dos Engenheiros Ferroviários – AENFER, Isabel Cristina
Junqueira de Andréa, acompanhada de diretores; diretor da Associação dos
Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina – AEEFL, Celso Paulo, representando
o presidente Almir Gaspar; conselheiras da Fundação REFER, Flores
Ferreira e Sônia Viana; Fernando Abelha, representando o presidente da REFER
Manoel Geraldo Costa; Adauto Alves presidente da Associação Mútua e diretoria,
além de significativo número de ferroviários, e outras personalidades, entre as
quais Joaquim Vargas, convidado especial do vice presidente da Mútua, Geraldo
Sobrinho, por sua importante influência política.
Adauto Alves,
presidente da Mútua, recepcionou os colegas de outras Associações e conduziu os
trabalhos. Ressaltou que “aquele era, mais uma vez, um momento histórico para a Associação Mútua,
quando as principais entidades de classe representativas da categoria, davam as
mãos com objetivo único: coordenar e agir como apoio a FNTF e seus sindicatos
da base, na defesa dos legítimos direitos dos ferroviários”.
Por sua vez, Hélio
Regato falou do difícil momento que a FNTF vem encontrando “quando todas as portas estão sistematicamente
fechadas”. Disse que “conseguiu transferir de hoje para
próxima quarta-feira, a decisão dos sindicatos da base de aceitar ou não o
ultimato da VALEC com a proposta de 3,54% para os dois acordos coletivos. No
caso de os sindicatos rejeitarem, o assunto sairá de pauta sem perspectiva de
ser retomada, uma vez que no TST, a VALEC se recusa de sentar-se para nova
mediação, no que está protegida pela nova legislação trabalhista – CLT”. Disse ainda que “ou se aceita ou perde-se tudo”. E aduziu: “o mais preocupante é que a VALEC se
nega a pagar os atrasados e o que é pior ainda, propõe a mudança da data base
da categoria para a dia da assinatura do ACT”. E ressaltou: “até então a filosofia das linhas políticas do País, era conhecida como
a de direita ou da esquerda. Agora nós temos esquerda e governo”.
Em seguida usaram
da palavra Etevaldo Pereira, Isabel Cristina, Clarice Soraggi, Nelson Cruz,
Osmar, Hélio Suevo, Alexandre Júlio Lopes de Almeida, vice-presidente da
AENFER; e Celso Paulo. Dirigindo-se a Hélio Regato ressaltou: “a sua presença aqui representa o
reconhecimento da importância deste momento”. E aduziu: “ao ouvirmos repetidamente a constante desculpa do governo da
falta de recursos, indagamos: onde está o dinheiro das
concessionárias que ficaram com o filé mignon das linhas ferroviárias. Por que
o governo não faz a cobrança dessa dívida e paga aos ferroviários da extinta
RFFSA?” Defendeu, ainda, que “a tabela dos cargos e salários dos
ferroviários da RFFSA – com os 10 primeiros níveis abaixo da inflação –
transferidos por sucessão trabalhista deveria ser equiparada aos dos empregados
da VALEC, para onde foram lotados”.
O Secretário
Executivo da AARFFSA, Marcos Cruz, redigiu a ata da reunião com os assuntos
discutidos e aprovados, entre os quais a constituição do Grupo de Trabalho que
se reunirá, periodicamente, para que em comando único tome, a cada momento, as
medidas junto às autoridades executivas e legislativas, na defesa dos direitos
da categoria. Após a assinatura a Ata será encaminhada à publicação.
No início da
reunião foram condecorados pelo vice-presidente da Mútua, Geraldo Sobrinho, com
os títulos de Sócio Benemérito, o ex-diretor da Mútua, João de Souza, e Tânia
Lessa, esposa do também ex-diretor da Mútua, Walter Lessa, já falecido. Adauto
Alves fez referência elogiosa aos ex-presidentes da Mútua, Irapuã e Raimundo
Neves e também aos líderes sindicais ferroviários Demistoclides Batista e
Herval Aroeira.
Por: Fernando Abelha - ferroviavezevoz, 12/09/2019
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