Um acordo entre a Prefeitura do Rio e a concessionária que administra
o VLT , promete, já para o mês
que vem, o funcionamento da Linha 3.
O último
trecho que faltava para ser inaugurado, liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont pelo eixo da Avenida Marechal Floriano, usando partes já em
funcionamento das linhas 1 e 2.
O acordo firmado entre a prefeitura e a concessionária do VLT criou um grupo de trabalho formado por técnicos
para ajustar as questões contratuais.
Em março, o VLT entrou
na Justiça contra a Prefeitura do Rio, alegando quebra de contrato e atrasos
em repasses que, atualizados, chegam a R$ 170 milhões.
O sistema foi inaugurado em junho de 2016, como um legado das Olimpíadas do Rio. As obras custaram quase R$ 1,2 bilhão.
Mais de R$ 500 milhões foram pagos com dinheiro público, do Programa de
Aceleração do Crescimento da Mobilidade.
O consórcio pagou a outra parte, de R$ 625 milhões, e tem o
direito de operar o serviço por 25 anos. O contrato previa que a prefeitura
pagaria de volta para a empresa 270 parcelas de R$ 9 milhões. Porém, desde maio
de 2018, o município não faz os repasses.
O contrato previa um volume diário de 260 mil passageiros, mas
apenas 80 mil rodam nos bondes todos os dias. Para compensar a defasagem,
caberia à prefeitura pagar a diferença.
O prefeito Marcelo Crivella propôs
mudar a contrapartida. Segundo ele, garantir 260 mil passageiros diariamente
equivale a um prejuízo de R$ 420 mil por dia. Ele sugere assegurar apenas 100
mil passageiros por dia, o que diminuiria o prejuízo com o excedente que deve
ser repassado ao consórcio.
Para tal, o prefeito chegou a anunciar o fechamento de grande
parte do Centro para ônibus.
Linhas intermunicipais só iriam até a Rodoviária Novo Rio ou até o entorno da Central.
Além disso, Crivella propôs
elevar o tempo de concessão de 25 anos para 35 anos.
Fonte: Diário do Rio,11/10/2019
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