quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Ministério Público Federal pede à justiça que intime Witzel a esclarecer o que será feito com Estação Leopoldina

RIO - O Ministério Público Federal (MPF) pediu à justiça, nesta terça-feira, que o governador Wilson Witzel seja intimado a prestar esclarecimentos sobre o que será feito com o prédio histórico da Estação Leopoldina. Depois da reportagem publicada pelo GLOBO na última quinta-feira, em que o secretário estadual de Cultura Ruan Lira afirma que o governo do estado irá revitalizar o patrimônio, o MP quer medidas concretas para acabar com o problema de abandono.

O procurador da República Sérgio Suiama solicitou que, em um prazo de 20 dias, Witzel explique o que será feito com o imóvel, comprove que o governo estadual pode realizar todas as intervenções informadas, já que 50% do edifício pertence à Secretaria de Patrimônio da União, e apresente reservas orçamentárias e projetos que viabilizem esta nova solução.

Além da revitalização do espaço, a nova proposta - a terceira num espaço de um ano - é abrigar um Museu do Trem e atividades culturais abertas ao público. Em 2018, o estado chegou a firmar um termo de compromisso com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), que recuperaria a Estação Leopoldina para ocupá-la com departamentos do órgão. Segundo a Secretaria de Transportes, houve desistência. O TJ confirmou que abriu mão da cessão após considerar que não compensaria fazer o investimento. Depois, a Secretaria de Transporte pretendia transformar o local em um terminal de embarque e desembarque de passageiros do transporte ferroviário metropolitano, plano que também acabou naufragando.

O governo estadual se pronunciou dizendo que tem grande interesse na restauração devido a importância arquitetônica do prédio, o papel histórico fundamental da Estação Leopoldina e o fato de o Rio de Janeiro possuir grande parte do patrimônio cultural ferroviário do Brasil.Muitas promessas e poucos acordos fazem a imponente construção, tombada pelo Iphan e pelo Inepac, na Avenida Francisco Bicalho, uma das principais vias do Centro, estar ofuscada pelo abandono. Hoje, até mesmo a rede de proteção que cobre o prédio está em más condições. A fachada está coberta por pichações e, próximo ao portão, há garrafas de vidro espalhadas pelo chão e um forte cheiro de urina.


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